BERGEN (NORUEGA)

 

Fomos à Bergen por conta de um motivo especial: o encontro com nosso filho, nora e neta, que moram em Macau. Progamamos uma viagem conjunta pela Escandinávia e Bergen foi o porto final dela, após um cruzeiro pelos fiordes noruegueses.

Apesar de ser a  segunda cidade em população da Noruega, Bergen tem 250 mil habitantes e parece uma cidade menor e acolhedora. Bryggen, o antigo cais que fica às margens da baia na parte oriental do fiorde de entrada de Bergen, é a parte histórica e foi declarada patrimônio cultural da humanidade em 1979. Ali prevalecem as casas coloridas em madeira, que são o seu principal cenário turístico.


No passado foi importante porto da Liga Hanseática, aliança de cidades mercantis que vigorou entre as Idades Média e Moderna, nos séculos XII a XVII. Os vikings ocuparam a região antes do século XIV. Em 1702 houve um grande incêndio que destruiu várias casas no cais. Outro, mais recente, ocorreu em 1955. Mas parte das casas coloridas de Bryggen foi reconstruída e hoje abriga restaurantes, lojas e museus.


A cor em Bergen explica-se não só por uma questão estética, mas principalmente por um estado emocional dos moradores, digamos assim. O clima frio e muito chuvoso da região faz com que o céu esteja nublado na maior parte das vezes e a cor espanta a depressão. A explicação de identidade cultural também é válida, pois o colorido urbano também está presente em outras cidades mundo afora. 


Para nós, Bergen teve um colorido especial. Estar com o filho, nora e especialmente a netinha Flora, que tinha quase 3 anos à época, fez a cidade parecer mais encantadora do que é. Uma das melhores experiências conjuntas foi subir à pé as ruas que levam ao mirante no
Monte Fløyen. No meio do caminho, encontramos um parque infantil e Flora nós “impôs” a permanência ali. 


Haviam várias crianças brincando e a atração principal era um tubo de aço inox por onde elas desciam. Flora, mesmo menor do que as outras crianças, não dispensou a descida por dentro daquela serpenteante estrutura, me fazendo temer que ela se apavora-se e fosse preciso a resgatarmos dali de dentro.

Houve suspense por nossa parte e alguma apreensão nos infindáveis poucos minutos em que ela permaneceu dentro do tubo. Quando finalmente surgiu na boca, embaixo, foi um alívio e uma imensa felicidade da minha parte. Não prosseguimos na subida ao mirante, mas aqueles momentos ali no parque foram muito mais deslumbrantes. 


Texto e fotos: Sergio Jatobá



 


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