EXPLORANDO ABISMOS EM RONDA (ANDALUZIA)
Ronda tem o impacto dos
lugares inesperados. De fato, o que é mais belo e impactante nessa
cidade situada em Andaluzia, Espanha, são as vistas que se tem dos miradores
proximos a Puente Nova e ao hotel onde ficamos. Os desfiladeiros e as vistas
são deslumbrantes. Hemingway gostava de Ronda, assim como outros poetas e
escritores. A cidade é inspiradora e seus abismos fascinam, assustam e parecem
explicar a alma dos personagens exploradores do abismo que povoam o livro de
contos do escritor espanhol Enrique Vila-Matas.
“O
abismo não nos separa, ele nos cerca. Foi o que escreveu Wislawa Szymborska com
palavras polonesas, e também por escrito afirmou que ao cairmos no abismo,
desabamos de um céu a outro. Não há separação entre uma coisa e outra. Tudo é
abismo. Nos contos de Exploradores do Abismo, Vila-Matas estende uma corda para
equilibristas que não pareem tão interessados na travessia, mas sim em
mergulhar em si mesmos, explorar o vazio, desaparecer no abismo que é a vida
cotidiana.” (Daniel Pelizzari na apresentação do livro de Vila-Matas)
Hoje, 24 de abril de 2014,
exploramos os abismos de Ronda. De manhã fomos ao Puente Viejo, que fica na
parte mais antiga da cidade. Antes entramos nos Jardines del Rei Moro, mas não
baixamos à cava que leva ao rio. Continuamos baixando até os Baños Turcos (resquícios do que existia nos
primórdos da cidade, cuja entrada se
dava pela Puente de San Miguel ou Puente Arabe) e então continuamos andando por
uma estradinha rural até a entrada de Molino. A subida foi dura, mas fizemos
outro caminho pelos Jardines de Cuenca. No caminho avistamos um casal “jovencito” se
beijando ardentemente em uma parte mais abaixo do Jardim. Lembramos nossa
juventude que já vai longe no tempo. Depois do almoço,
fui sozinho ao Mirador Arco de Cristo, bem na beira do abismo.
Mais fotos dos abismos de Ronda
Explorando fotograficamente os abismos de Ronda
Texto
e Fotos: Sérgio Ulisses Jatobá
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