DANÇARINOS DE XI’AN

 


Xi’an tem 3100 anos de história e foi capital do império chinês durantes as dinastias Chin (255 a 206 a.C.),  (202 a.C. a 25 d.C.) e Tangue (618 a 907). No passado era o ponto mais oriental da Rota da Seda e na atualidade é conhecida turisticamente por abrigar a coleção dos Guerreiros de Terracota ou Exército de Xi’an, milhares de esculturas executadas a mando de Qin Shi Huang, o primeiro imperador da China, ao lado do seu mausoléu. 

Outra atração histórica é a Muralha de Xi’an (Xi’an City Wall), construída entre 1374 e 1378, que cerca a cidade velha. Com formato retangular, a Muralha tem 13,7 km de perímetro e uma base que chega a 16 metros de largura. Na sua parte superior há uma larga passarela por onde é possível caminhar ou andar de bicicleta. E essa é uma das atividades mais populares na cidade, especialmente no final da tarde. 


É nessa hora, também, que os chineses praticam coletivamente a dança nas praças e espaços públicos. A dança coletiva é um ancestral costume chinês, presente nas celebrações festivas, rituais e até em exercícios militares. É executada por centenas de dançarinos, envolvendo coreografia sincronizada e às vezes adereços, como lenços, leques e guarda-chuvas coloridos. No presente, tem sido uma prática que cresce nos centros urbanos, especialmente entre as pessoas idosas.

Ciceroneados por nosso filho Júlio, que nesta época morava em Guangzhou (Cantão), em viagem à Xi’an, estávamos fazendo o passeio no alto da Muralha quando avistamos vários grupos de dançarinos evoluindo nas praças e parques ao longo dela. Havia harmonia e uma bela sincronia entre os movimentos suaves, o giro dos guarda-chuvas e a música, que encantavam ao público que assistia.  Pode parecer estranho, pela distância entre culturas tão diferentes, mas em algum ponto que conecta as manifestações humanas, aquilo podia lembrar o desfile de uma escola de samba.


 Texto e Fotos: Sergio Jatobá

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O CAMINHO DE SANTIAGO POR DIFERENTES CAMINHOS (Parte 1)

NOVOS BAIRROS ALÉM DAS PORTAS DE PARIS

CUENCA – a cidade das casas colgadas